O que acontece é que está cada vez mais comuns as cesarianas eletivas, ou seja, a mãe, por opção (ou pressão do obstetra) acaba escolhendo ter seu bebê da pior forma possível. Através da Cesariana.
Para discutirmos este assunto da forma correta, vou explicar porque sou contra a cesariana eletiva, e não a de emergência:
A mulher foi feita para parir. Isso mesmo. Nosso corpo foi projetado para conceber, gerar e parir uma criança, se precisássemos de uma cirurgia para nascer, não existiriam pessoas na terra, pois a cesariana só existe desde 1500, e foi feito por um pai, ao ver o sofrimento de sua esposa, numa situação de emergência. Somente no século XVlll, é que essa prática se tornou obstétrica, e era usada somente em casos de urgência, de risco para a mãe e o bebê.
Infelizmente muitas mães, por medo da dor, ou de alguma complicação, elegem o parto cesáreo como o melhor para si. O que não é verdade. A Cesariana é uma cirurgia, considerada de baixo risco, que beneficia em primeiro lugar o médico, pois pode anotar em sua agenda o dia e hora em que vai trabalhar.
Riscos envolvidos numa cesárea eletiva e procedimentos de rotina:
- maior frequência de infecção e hemorragia maternas;
- maior índice de prematuridade (pois corre o risco de erro na contagem das semanas de gestação) corrrendo risco de morte para o bebê, foi comprovado que partos antes da 39 semana correm este risco;
- problemas respiratórios para o bebê no futuro, incluindo pneumonia;
- maior índice de síndrome do desconforto respiratório do recém nascido;
- A mãe fica com a cicatriz bem dolorida, durante um bom tempo, até meses.
- A mãe não participa do parto, ficando deitada e sem ver nada.
- O bebê logo tem que ser levado para longe da mãe, não tem contato físico com ela.
- O bebê é aspirado (uma sonda que vai até o estomago dele para retirada de líquidos)
- A mamãe fica dopada, algumas vezes nem se lembra do parto.
- Dor (pode ser facilmente resolvida com analgesia de parto, inclusive na rede pública- é lei).
- Laceração (algumas fissuras vaginais devido á passagem do bebê), na hora do parto são indolores, se, preciso são dados alguns pontos depois caso a mãe não realize a episiotomia.
- Episiotomia- caso necessário, realiza um corte na vagina para ajudar a passagem do bebê, já não sendo mais realizado como rotina, e sim para casos onde é realmente necessário.
- A mãe se sente bem no mesmo dia. Caso tenha realizado a episiotomia, ficará um pouco dolorido por alguns dias ou no máximo, semanas.
- O bebê pode ficar com a mãe imediatamente após o parto, inclusive mamar no instante que nasce.
- O bebê não precisa ser aspirado, pois a própria passagem pelo canal de parto o ajuda a expelir os líquidos e mãe não deve permitir.
- A mãe participa, ou melhor, realiza todo o parto, do início ao fim. Ela que dita as regras, o médico, parteira, ou doula apenas ajudam.
- A sensação pós parto é geralmente de euforia, alegria, cansaço e realização.
A mulher NUNCA será menos mãe pelo tipo de parto que teve ou escolheu. Apenas digo aqui a verdade em relação as opções e cada mulher deve escolher o que considera ser melhor para si.
Tive a experiência dos dois partos, e me considero mãe da mesma forma pelos dois. Mas passei a me considerar mais mulher, mais forte, com o parto natural. É instintivo, e aconselho que todas que puderem, passem por esta experiência. É fantástica!
Linkei aqui para vocês compararem um parto natural hospitalar, um parto humanizado e uma Cesariana. Assistam e reflitam.
Até a próxima!
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